Depois de fazer história ao lado da irmã Maria Bethânia na turnê “Caetano & Bethânia”, o ícone tropicalista Caetano Veloso, aos 82 anos, dá início a um novo ciclo em 2025 com um show inédito especialmente concebido para os principais festivais do Brasil.
A estreia dessa nova apresentação aconteceu na noite do último sábado (17), no palco principal do festival Coolritiba, realizado na emblemática Pedreira Paulo Leminski, em Curitiba. O espetáculo, com cerca de uma hora de duração, mergulhou na diversidade do repertório do artista e emocionou o público com sua potência lírica e política.
Caetano abriu o show com “Branquinha”, uma espécie de autorretrato em forma de música:
“Eu sou apenas um velho baiano / Um fulano, um Caetano, um mano qualquer / Vou contra a via, canto contra a melodia / Nado contra a maré.”
Na sequência, vieram sucessos como “Gente”, “Vaca Profana” — acompanhada por uma imagem marcante de Gal Costa projetada no telão — e “Divino Maravilhoso”. Em meio à força das canções, a plateia ecoou um grito coletivo durante a execução de “Podres Poderes” e “Anjos Tronchos”: “Sem anistia!”, reforçado pelo próprio Caetano no palco.
O momento mais especial da noite veio com “Sozinho”, quando Caetano surpreendeu o público ao chamar ao palco a cantora Liniker, que havia se apresentado horas antes no mesmo festival com sua turnê Caju (2024). O dueto entre os dois arrancou aplausos calorosos e se tornou um dos pontos altos do show.
A reta final do espetáculo trouxe clássicos como “Um Baiana”, “Muito Romântico”, “Não Enche”, “Queixa”, “Reconvexo” e “É Hoje”. E, como não poderia faltar, Caetano encerrou com “Odara”, repetindo o gesto que marcava o fim das noites na turnê com Bethânia — deixando o público em estado de celebração.
Após a estreia no Coolritiba, o novo show de Caetano Veloso segue para outros grandes festivais pelo país, incluindo o Sensacional (Belo Horizonte), o Inverno Rio (Rio de Janeiro), o Na Praia (Brasília), o Coala (São Paulo) e o Rock The Mountain (Itaipava)
(Foto: Divulgação/Coolritiba)
